Demografia
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Com mais de 450 habitantes por quilômetro quadrado, o país é um dos mais densamente povoados do mundo. Há duas línguas oficiais, ambas germânicas, o neerlandês e o frísio; este só se usa na província setentrional da Frísia. Além destas, vários dialetos do baixo-saxão são usados em boa parte do norte, sem reconhecimento oficial.
Nas fronteiras meridionais, os falares têm variedades baixo-franconianas e alemãs, sendo possível que sua melhor classificação seja, em vez de neerlandês, flamengo ocidental ou alemão.
A maioria da população (63% em 1999) não se considera parte de igreja alguma. A minoria restante se divide principalmente entre o catolicismo (18%), mais forte ao sul dos grandes rios, e o protestantismo, ao norte (15%). A maior parte destes protestantes pertence à Igreja Reformada Neerlandesa.
Talvez porque sua guerra de independência tenha estado intimamente relacionada aos conflitos religiosos desencadeados pela Reforma, o país tem uma tradição de tolerância e liberalidade. Mais recentemente, as políticas nacionais sobre drogas recreacionais, prostituição, direitos dos homossexuas, abortos e a eutanásia atraem atenção internacional por sua tolerância.[4][5]
Religião
Os Países Baixos são um dos mais seculares países do Oeste europeu, com apenas 39% de sua população pertencente à alguma religião. Ainda assim, menos de 20% freqüenta regularmente suas respectivas igrejas.
De acordo com a recente pesquisa da Eurobarômetro de 2005,[7] 34% dos cidadãos neerlandeses responderam que "acreditam existir algum deus", 37% respondeu que "acreditam que exista algum tipo de força" e 27% que "não acreditam que exista nenhum tipo de força superior, deus ou nada espiritual".
Em 1950, a maioria dos cidadãos neerlandeses se declaravam cristãos, sendo que dos 13 milhões de habitantes na época, um total de 7.261.000 pertencia às denominações Protestantes, 3.703.000 à Igreja Católica Romana e 1.641.000 sem religião conhecida.
Entretanto, as escolas cristãs ainda são financiadas pelo governo e por outros três partidos políticos presentes no parlamento neerlandês (CDA, ChristianUnion and SGP) que têm suas políticas internas baseadas na crença cristã.
Divisões Administrativas
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Os Países Baixos estão divididos em 12 regiões administrativas, também chamadas províncias; cada uma tem à sua frente um governador, que é chamado Comissário do Rei ou da Rainha:
Todas as províncias, por sua vez, subdividem-se em municípios (gemeenten), que são 467.
Territórios
Os Países Baixos possuem dois territórios autônomos no Caribe - independentes no que se refere a assuntos internos, mas submetidos ao controle central em questões de defesa e assistência mútua. São as Antilhas Neerlandesas e Aruba.
Economia
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Os Países Baixos têm uma economia próspera e aberta, na qual o governo tem reduzido, com sucesso, seu papel desde os anos 1980 quando a economia do país teve um pequeno momento de conturbação, causando um distúrbio econômico muito grande na época. No tempo de três décadas, a economia produtiva do país teve queda de quase 38,08% nas vendas de seus principais produtos.
Com a economia industrial abalada, os Países Baixos só voltaram a recuperar o fôlego quando foi idealizada a implantação do Euro, na década de 1990. Hoje o país tem seu setor econômico voltado principalmente para parques industriais.
Os principais setores industriais são o processamento de alimentos, a química, a petroquímica e o maquinário elétrico.
Uma agricultura altamente mecanizada emprega apenas 4% da força de trabalho, mas fornece grandes excedentes para a indústria alimentícia e para a exportação; o país é o terceiro maior exportador agrícola mundial em valor, atrás apenas dos Estados Unidos da América e da França.
Os neerlandeses conseguiram solucionar a questão das finanças públicas e da estagnação do crescimento do emprego muito antes de seus parceiros europeus.
Turismo
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Amsterdã, a capital oficial, é um dos destinos mais procurados pelos turistas, que certamente deverão se render ao transporte mais utilizado no país: a bicicleta. Tem como principais atrações o museu Van Gogh, a Casa de Anne Frank, vários museus, bares e casas noturnas.
Cultura
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Tamancos holandeses de madeira, um dos símbolos do país.
Os Países Baixos têm tido muitos pintores renomados ao longo dos séculos. Durante o século XVII, quando a república neerlandesa era bem próspera, houve o surgimento de grandes artistas e aquela época ficou conhecida como a Era dos Mestres neerlandeses, entre eles, Rembrandt van Rijn, Johannes Vermeer, Jan Steen e Jacob van Ruysdael. Grandes Pintores do século XIX e XX foram Vincent van Gogh e Piet Mondriaan. M.C. Escher é um artista gráfico também muito conhecido por suas obras. Willem de Kooning nasceu e se aperfeiçoou em Roterdão, embora tenha conquistado sua fama sendo conhecido como um artista estadunidense. Um outro mestre dos Países Baixos é Han van Meegeren.
Na filosofia, o país deu ao Renascimento Erasmo de Roterdão; mais tarde, a tolerância religiosa permitiu que os talentos de Baruch de Espinoza e René Descartes florescessem.
Na Idade de Ouro, a literatura neerlandesa também floresceu, com Joost van den Vondel e P. C. Hooft como os nomes mais famosos. No século XIX, Multatuli descreveu o mau tratamento dos nativos na Indonésia uma das colônias neerlandesas. Autores importantes do último século incluem Harry Mulisch, Jan Wolkers, Simon Vestdijk, Cees Nooteboom, Gerard van het Reve e Willem Frederik Hermans. O Diário de Anne Frank também foi escrito nos Países Baixos.
Réplicas de prédios neerlandeses encontram-se na Vila Holandesa, em Nagasaki, Japão. Uma Vila Holandesa similar está sendo construída em Shenyang, China.
Os moinhos de vento, as tulipas, os tamancos de madeira, o queijo (especialmente Edam e Gouda) e a cerâmica de Delft estão entre os principais itens relacionados a cultura dos Países Baixos.
Gastronomia
Grande parte dos pratos neerlandeses tem a batata como ingrediente principal, que geralmente vem acompanhada de carnes e vegetais cozidos. Há grande quantidade de molho de carne sobre os alimentos, e temperos picantes não costumam fazer parte do cardápio. O consumo de laticínios como leite, queijo, requeijão e derivados é bastante comum entre os neerlandeses.